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Carol

O que esperar de um ano sabático trabalhando?

A nova colunista nos conta como foi a experiência de vivenciar os avanços na inovação de alimentos em um um dos maiores e melhores centros de inovação de alimentos do mundo, o Food Innovation Center – CSIRO em Melbourne na Austrália.

Ah!! Meu ano sabático foi cheio de grandes aprendizados, fiz novas e especiais amizades, descobri novas culturas, passei a dar maior valor às pessoas e a respeitá-las independentemente da sua cor, língua e ou crença, aprendi a não ter medo do novo e principalmente a transformar ideias e sonhos em realidade! Acredito que apenas por estes fatores já teria sido um ano inesquecível, mas além de tudo isso, conheci um dos maiores e melhores centros de inovação de alimentos do mundo, o Food Innovation Center – CSIRO em Melbourne na Austrália.

Tive o prazer de ser cientista convidada neste instituto onde participei, como voluntária, de um projeto de redução de perdas de alimentos e tive a oportunidade de conviver com cientistas e estudantes de pós doc do mundo todo. Vi projetos com tecnologias inovadoras sendo implementados nas empresas, vi a inovação em alimentos acontecendo!! Meu trabalho no Instituto SENAI de Tecnologia de Alimentos e Bebidas é justamente esse, fazer inovação em alimentos, ajudar as empresas a inovar! E foi neste momento, que entendi o que é fazer inovação utilizando tecnologias emergentes de processamento de alimentos.

No período de quase um ano, que lá fiquei, a tecnologia de alta pressão me foi apresentada na teoria e na pratica, consumir produtos processados com esta tecnologia era para mim antes de mais nada uma intrigante experiência sensorial, pois encontrar os sabores do alimento fresco no produto processado era simplesmente fantástico e ainda, saber que o produto tinha suas propriedades nutricionais mantidas e era seguro, sem dizer na ampliação do shelf life!

No Brasil, inovação em alimentos se dá basicamente com novos ingredientes, que pode resultar em um produto com novo sabor, alguma melhora nutricional ou sensorial, se dá por meio da substituição ou na exclusão de ingredientes como por exemplo: pão sem glúten, iogurte sem lactose, geleia sem adição de açúcar, hambúrguer vegano e tantos outros exemplos tão conhecidos. Inovar com tecnologia de alta pressão é prover ao consumidor o melhor que o alimento tem a oferecer, não precisa incluir aditivos para ressaltar alguma característica desejável, basta preservar aquilo que cada alimento tem de melhor, seus nutrientes, cor e sabor! Nos próximos artigos vou falar mais sobre minha experiência na Austrália e sobre a tecnologia de alta pressão, bem como sobre meu projeto de redução de perdas de alimentos. Até!

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